TAS-MA - Instrução por Pares


Uso de Instrução por Pares

Durante muito tempo existiram apenas modelos de ensino, ou seja, todo o sistema escolar girava em torno do ensino através da passagem de conhecimento do professor aos alunos; com relação a essa afirmação, existe um esclarecimento muito importante a ser feito: a diferença entre ensino e aprendizagem. Uma forma bem eficiente de discernir os dois conceitos é visualizarmos a prática do contexto do curso. O ensino pode ser facilmente associado ao método tradicional e sua prática de voltar o processo de aprendizagem à ministração de aulas, pois é especificamente o ato de ensinar centrado em uma fonte única de conhecimento. A aprendizagem faz alusão ao que deve ocorrer quando se ensina algo, o ato de aprender; os métodos ativos foram desenvolvidos justamente com o intuito de reestruturar o conceito de aprendizagem e transformá-lo em um processo de obtenção de conhecimento via métodos de ensino, tornando assim todos os envolvidos em agentes ativos.

O foco das metodologias ativas, e em especial da peer instruction, é proporcionar a experiência de aprender em um ambiente colaborativo, que é caracterizado por envolver cada um dos participantes de forma que todos contribuam de alguma maneira para a realização do objetivo final. A aprendizagem colaborativa diz respeito à muitas das características destacadas nos métodos ativos, engloba aspectos do ambiente, da orientação do docente, do protagonismo dos alunos e de forma geral, dá ênfase ao processo como um todo. Já o cooperativismo é uma característica mais intrínseca ao bom funcionamento do ambiente colaborativo, pois é o conceito que mede o engajamento individual de cada participante em fazer o todo funcionar. O uso em específico da metodologia de instrução por pares tem sido amplamente realizado em diversas instituições, principalmente do ensino médio ao superior, e apresenta resultados excelentes em diversas áreas, como Física, Letras, Programação, Filosofia etc. De forma geral, muitas pesquisas dentro e fora do Brasil tem participado do experimento e obtido ótimos resultados. Um dos vários exemplos bem sucedidos dessa metodologia foi a aplicação realizada na Universidade da Cruz Alta; o experimento foi realizado por docentes durante o desenvolvimento da disciplina de Lógica de Programação, que é obrigatória no curso de Ciência da Computação.

Figura 1 - Gráfico de comparação

A figura 1 é a representação das opiniões dos estudantes quando foi solicitado que comparassem as metodologias, a fim de avaliar o quão vantajosa a peer instruction pode ser quando comparada ao método tradicional de ensino.



Figura 2 - Gráfico de análise de compreensão

A figura 2 representa o quanto acharam que a aplicação da nova metodologia auxíliou no processo de compreensão da matéria, levando em conta todas as discussões e explanações.




Figura 3 - Gráfico de avaliação

Por fim, o último gráfico escolhido relata uma opinião pessoal em relação à eficiência de cada etapa da metodologia. Foi questionado qual parte os alunos acharam mais interessante/gostaram mais de participar durante o processo. Os principais pontos positivos da experiência foram: maior participação dos alunos, melhor fixação e entendimento do conteúdo, menos tempo gasto no desenvolvimento de questões.